Nossa inspiração

O Lixo de Joinville

Separar o lixo, hoje, já é hábito para algumas pessoas. Mas apesar disso, a consciência sobre a importância da reciclagem do lixo ainda é mínima diante da grande população joinvilense e isso justifica os números ainda considerados baixos de reciclagem em nossa cidade.

Os funcionários da Engepasa Ambiental detectaram este problema através de uma pesquisa na qual observaram que mesmo a população sabendo da coleta seletiva nos bairros, ela não separa o lixo. Talvez por comodidade, talvez por não saber de sua importância.

Alguns dados:

• Em 2006, a média coletada de material reciclável foi de 144 toneladas/mês.
  
• A coleta domiciliar de lixo em Joinville (material que é levado diretamente para o aterro sanitário) chega a 8 mil toneladas/mês, sendo que aí ainda existe grande quantidade de material reaproveitável.


• De acordo com o gerente da Engepasa Ambiental, a cada 100 pessoas, 90 sabem que a coleta seletiva existe.

Mas além do lixo reciclável, também há o lixo eletrônico, que tende a ser um dos grandes incômodos de nossa Joinville. Por ser desenvolvida e abrigar tantas indústrias, conseqüentemente a quantidade de lixo eletrônico é bem maior que de outras cidades do estado. Assim, precisamos de um destino adequado para esses materiais.

Esses objetos eletrônicos possuem produtos químicos altamente prejudiciais para pessoas, animais e para o solo onde se alojam recursos hídricos. Dentre esses elementos estão alguns como: cádmio, cromo, cobre, estanho e outros metais ainda mais pesados.

Porém, é preciso lembrar que a aprovação de projeto para destino final e tratamento desse tipo de lixo passa pelo licenciamento ambiental, tal como qualquer outra atividade considerada potencialmente poluidora, além de não ser responsabilidade da prefeitura o recolhimento desses resíduos perigosos. Por isso a importância de ação de empresas juntamente com a população para evitar um tsunami de lixo eletrônico em Joinville.

Fontes:
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2145125.xml&template=4187.dwt&edition=10574&section=882
http://www.an.com.br/ancidade/2007/abr/09/Default.jsp

Imagens:
http://www.achetudoeregiao.com.br/SC/joinville/meio_ambiente_lixo.htm
http://www1.an.com.br/1999/jul/15/index.htm

Eleições 2008: Propostas ambientais

Nestas eleições de 2008, foram discutidos vários temas que dizem respeito à Joinville, como educação, saúde, transporte público, infraestrutura, entre outros. Como é de se esperar, as propostas ambientais não ficaram de fora dos planos de governo dos candidatos. Trouxemos então algumas propostas do candidato eleito, Carlito Merss, do PT, sobre meio ambiente. Aqui vão elas:

Meio Ambiente e Saneamento

"• Gestão e Planejamento da Educação Ambiental - Apoiar o planejamento, avaliação, gestão e administração da educação ambiental nos ógãos locais vinculados ao MEC, MMA e na Sociedade Civil."
"• Efetivar o Plano de Saneamento Ambiental com o objetivo de integrar as ações do poder público na qualificação do ambiente natural, envolvendo programas de:
a) coleta, transporte e destino final de resíduos sólidos.
b) custódia, captação, tratamento e distribuição de água.
c) coleta, tratamento e destino final de resíduos líquidos.
d) drenagem urbana e rural"
"• Revisar e atualizar o Cóigo Municipal do Meio Ambiente."
"• Fortalecer e profissionalizar a Fundema."
"• Elaborar e executar o Plano Diretor de Arborização Urbana de Joinville."
"• Criar incentivos tributáios via IPTU ecológico, estimulando a preservação de áreas verdes no município."
"• Controlar a expansão horizontal da cidade e qualificar o uso na área urbana, nos centros de bairros e nos corredores de transporte coletivo."
"• Negociar, com os incentivos fiscais, a migração de grandes empresas urbanas para o distrito industrial, e promover a recuperação destas áreas para o aproveitamento público."

Parques e Praças

"• Concluir o “Parque da Expoville”, equipando-o com áreas e aparelhos para práticas esportivas, eventos e shows."
"• Terminar o “Parque Esportivo da Arena”, com pista de caminhada, quadras poliesportivas, término do anel superior da Arena (conforme projeto), e construir um ginásio múltiplo uso para 10 mil pessoas, a fim de abrigar shows, espetáculos esportivos, festival de dança, eventos religiosos e sociais."
"• Implantar o “Parque da Estação Ferroviária”, com local para caminhadas e quadras poliesportivas."
"• Projeto “Praça Jovem” - construção de quatro pistas para práica de skate e patins (Centro, Vila Nova, Fátima e Jardim Paraíso)."
"• Revitalizar o Parque do Morro do Finder."

Fonte: Plano de governo da coligação "Joinville de Toda Sua Gente" para as
eleições de 2008

Como se pode ver, são várias propostas, e o bom cumprimento delas depende não só do governo eleito, mas também da cobrança e da fiscalização do eleitor. Com a colaboração estreita entre poder público e sociedade com certeza faremos de Joinville uma cidade mais sustentável.

Já que tocamos no assunto parques, vamos deixar aqui um vídeo da campanha do grupo RBS de televisão, que pede por parques em Joinville. O vídeo serve, sobretudo, para exemplificar a pressão da opinião pública e dos meio de comunicação por mais parques, que como já vimos, influenciou muito a campanha eleitoral de 2008.

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=TexTLfGQjYA (postado por aconteceaqui, adicionado em 19 de junho de 2008)

Foto: http://congressoemfoco.ig.com.br/UserFiles/Image/Carlito.jpg

Poluição Atmosférica

Em Joinville, o número de indústrias vem crescendo gradativamente ao longo dos anos. Com isso, a cidade tem avaliado uma taxa de emissão de gases poluentes para a atmosfera cada vez mais alta.

Essa poluição atmosférica pode provocar uma degradação dos ecossistemas. É o principal fator responsável pela formação do efeito estufa, das chuvas ácidas, da destruição da camada de ozônio, que contribuem para destruir a natureza como conhecemos e piorar a qualidade de vida da população.

Será que queremos mesmo ver a qualidade do ar da nossa cidade ser prejudicada por indústrias irregulares que jogam infinitos poluentes na atmosfera, preocupando-se ao mínimo com as causas ecológicas e que, em um futuro próximo, poderão acabar com nossas paisagens naturais? Acho que Joinville merece mais que isso. E você?

Não são apenas as indústrias que poluem o meio ambiente. Os carros, os veículos e o nosso modo de vida em geral contribuem para piorar a situação. É importante, sim, protestar e cobrar mais respeito com o meio ambiente por parte das indústrias, porém é ainda mais importante o que cada um, individualmente, pode fazer para contribuir com a natureza. A qualidade do ar que respiramos depende diretamente disso. Você está pronto para mudar? Ou falta fôlego?

“Antes de começar o trabalho de mudar o mundo, dê três voltas dentro de sua
casa” (Provérbio chinês)

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica
http://www.rudzerhost.com/ambiente/introducao.htm

Imagens:

http://www.tupy.com.br/portugues/empresa/perfil.php

http://www.mp.sc.gov.br/portal/site/portal/portal_detalhe.asp?campo=4208

Aviso importante!

Está acontecendo em Joinville a Primeira Mostra de Educação Ambiental, que será realizada no Parque Zoobotânico de Joinville, entre os dias 6 e 8 de novembro de 2008... Vale a pena participar! O evento vai contar com diversas oficinas e mesas redondas sobre vários temas relacionados ao meio ambiente.

A programação do evento está disponível em

http://www.fundema.sc.gov.br/upload/arquivos/programacao_mostra_ea.jpg

As inscrições podem ser feitas através do site

http://www.fundema.sc.gov.br/evento.php?id=1

Fonte: http://www.fundema.sc.gov.br/index.php

Saneamento Básico

Quando pensamos em esgoto, onde ele começa a ser produzido e para onde vai, nossa mente logo é voltada para nosso banheiro. Aquele com o trono limpinho nos esperando, onde, a um simples acionar da descarga, toda nossa sujeira é levada embora. Ou nos chuveiros e nas torneiras, que trazem a água cristalina, que, depois de usarmos, é levada toda suja pelo ralo.

Mas, para onde vai essa água e o que é feito com ela?

O fato é que, na nossa cidade, poucas pessoas tem o privilégio de simplesmente pensar nesse assunto com a tranqüilidade de saber que seu esgoto está sendo bem tratado antes de entrar em qualquer rio por aí. Na maioria das residências de Joinville, tudo o que desce pelo ralo é despejado a céu aberto e vai direto para nossos córregos e rios, sem nenhum tipo de tratamento. É o que acontece com 85% do nosso esgoto.

Nos raros casos em que se tem tratamento, a água residual que sai das casas é despejada em uma tubulação e é levada até a estação de tratamento de esgoto. Segundo a Águas de Joinville, a empresa responsável pelo tratamento na cidade, o ciclo dos processos usados é o seguinte: primeiro o esgoto passa por Lagoas Anaeróbias, “onde bactérias específicas irão degradar os compostos orgânicos presentes no esgoto”, depois é levado para Lagoas Facultativas, “onde já está bem mais claro, permitindo a penetração da luz solar e contendo inúmeros compostos mais simples, que servem para as algas que irão se desenvolver naturalmente, capazes de fazer fotossíntese, liberando na água o oxigênio que será utilizado pelas bactérias, que degradaram o esgoto.” E a terceira e última etapa do tratamento acontece nas Lagoas de Maturação, “onde, através da radiação ultravioleta do sol, ocorre a desinfecção natural do esgoto.” Depois disso, a água está pronta para voltar novamente ao meio ambiente sem lhe causar danos.

Agora, falta-nos avaliar a importância de que todos esses processos realmente sejam colocados em prática, para termos nossos rios limpos de vez. E isso é algo que nunca acontecerá se continuarmos com apenas 15% de nosso esgoto sendo tratado. A questão é, nos importamos realmente com a situação em que nossa cidade estará quando nossos netos tiverem a oportunidade de conhece-la? Quem sabe, pensando nisso, possamos cobrar mais ação de nosso governo para fazer alguma coisa a respeito.

Fonte:
http://www.aguasdejoinville.com.br/agua_etapas.php
http://www.canalkids.com.br/higiene/guerra/esgoto.htm
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/09/19/materia.2008-09-19.8884553539/viewImagem:

Imagem:
www.colegiomisericordia.g12.br
tvecologica.wordpress.com

Rio Cachoeira: Degradação ao longo da história

Quando algum morador de Joinville passa perto do Rio Cachoeira, vê a imagem de um rio poluído, maltratado. Porém, este mesmo rio, há mais de 150 anos serviu como acesso aos imigrantes que chegavam para fundar o que seria Joinville. Como um rio com tamanha importância para a cidade pode ter se tornado tão sujo? É a pergunta que muitos fazem. Na verdade, a degradação do rio é quase tão antiga quanto a própria cidade, acompanhando os Joinvillenses há muitos anos. Abaixo, com base no Jornal A Notícia, de 10 de Setembro de 2000, fizemos uma cronologia das diversas fases de degradação do rio, nos séculos XIX e XX.

1851- Acontece a primeira detonação de rochas com dinamite para facilitar a navegação, bem como são feitos desvios no curso do rio, que apresentava muitas curvas

1860- São detectados os primeiros problemas no rio, que já era alvo da poluição despejada por diversas indústrias. Em 1867, uma epidemia de cólera atingiu a cidade, provocada sobretudo pela poluição do rio Mathias, afluente do Cachoeira que abastecia Joinville com água.

1912- São instalados os primeiros tubos para escoamento da água das chuvas em Joinville

1914- É proibido o lançamento de detritos no rio

1917- É instalado o sistema de coleta de lixo no centro da cidade

1929- Uma enchente atinge a cidade, levando o lixo do rio cachoeira até as regiões adjacentes

1965- Primeiro plano diretor da cidade denuncia a poluição do rio e exige medidas para contê-la

Década de 70- A necessidade de desassoreamento constante do rio para permitir a navegação, faz com que esta seja abandonada definitivamente

1971- Primeira grande campanha contra a poluição do Cachoeira

1982- Início da primeira etapa do projeto de saneamento urbano

1994- Primeiro grande estudo sobre a bacia do rio Cachoeira tem início, mas pára em 1998, por falta de recursos

Fonte: http://www1.an.com.br/2000/set/10/0cid.htm

Imagens: http://www1.an.com.br/2000/set/10/0cid.htm, http://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B4nia_Dona_Francisca

Habitat em Perigo

Habitat, segundo o Dicionário Michaelis, é o “Lugar de vida de um organismo” ou o “Meio geográfico restrito em que uma sociedade possa sobreviver”. De acordo com esta definição, portanto, todo organismo nasce, se alimenta e reproduz num determinado lugar, denominado habitat. Este lugar pode apresentar características muito diversas, às quais os organismos que nele vivem tiveram que se adaptar ao longo de milhões de anos.

O mesmo acontece com o ser humano. Porém, nossa espécie talvez seja uma das que mais rápido mudam e se adaptam a novos habitats. Basta comparar o espaço de vida de uma pessoa que viveu há cem anos com o de uma pessoa vivente nos dias atuais. As mudanças foram imensas, e acrescentaram novas facilidades, dificuldades e características necessárias para a sobrevivência. Ao longo de relativamente poucos anos, a espécie humana se espalhou por todas as terras do planeta, dominando também céus e mares, como também desenvolveu ferramentas e tecnologia que possibilitaram drásticas mudanças nos hábitos humanos.

É esta mesma tecnologia, contudo, que acabou se tornando a principal ameaça à sobrevivência da espécie. O progresso econômico e tecnológico trouxe consigo a poluição, cada vez mais impregnada no ar, no solo, nos rios e etc., provocando mudanças no clima, degradação ambiental, um aumento da miséria e mais uma série interminável de problemas. Explorando profundamente o assunto, a mídia bombardeia a sociedade com informações sobre o tema, provocando inicialmente desespero e depois resignação. Muitos já estão certos de que não há salvação, de que o destino da raça humana é autodestruir-se...

Em meio a este estado de aparente caos, estão surgindo várias iniciativas que pretendem contribuir para amenizar os efeitos da ação do ser humano sobre a natureza, ou conscientizar a população a respeito do assunto, como este blog. Através de informações, pretendemos conscientizar as pessoas a mudarem seus hábitos e cobrarem uma maior responsabilidade ambiental dos governos e da sociedade como um todo. Nosso enfoque é a cidade de Joinville, que cresce rapidamente, trazendo com isso as vantagens e desvantagens do desenvolvimento. Trata-se de um compromisso com as próximas gerações, com nossos descendentes, fazer alguma coisa para ajudar nossa cidade, que nada mais é do que a nossa casa, nossa vida, nosso habitat.

Sejam bem-vindos e boa
leitura!